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sábado, outubro 31, 2009

Negócios Ibéricos importantes apesar da crise

"O espaço comercial ibérico é uma realidade"
Diversos responsáveis por bancos e outras empresas consideram que a cooperação ibérica é uma oportunidade mútua para Espanha e Portugal.
Carlos Monteiro (www.expresso.pt )
15:34 Sexta-feira, 30 de Out de 2009

"Acho muito difícil encontrar no mundo dois países mais próximos que Espanha e Portugal" quer em termos políticos, económicos ou sociais, disse hoje Alberto Charro, administrador delegado do BBVA Portugal, enquanto falava no Fórum Negócios Ibéricos, realizado quinta-feira. "A nossa presença europeia faz muito mais sentido se estamos juntos" diz Alberto Charro, acrescentando que "a língua é um factor importante.
Uma em cada dez pessoas do mundo fala Português ou Espanhol".

O administrador delegado do BBVA falou também sobre a cooperação ibérica em termos de economia, política (realçando o ensino mútuo das línguas), defesa e desporto, "é paradigmática a candidatura conjunta ao Mundial" de 2018 e 2022.
Alberto Charro revelou ainda a vontade do BBVA de crescer em Portugal.Francisco Ferreira da Silva, subdirector do diário económico, lançou diversos dados sobre o comércio entre Portugal e Espanha, como que Espanha compra um quarto das exportações portuguesas e é dos países que mais turistas fornece a Portugal, se bem que o investimento de Espanha em Portugal caiu "a pique" este ano. Por sua vez Espanha tem Portugal como 3º pais que mais importa os seus produtos e serviços. Foi também mencionado que o sucesso do comércio não é bilateral e que Espanha ganha, havendo no entanto várias marcas portuguesas de sucesso em Espanha.

Rodolfo Lavrador, administrador da CGD trouxe dados importantes sobre as exportações e a banca ibérica, segundo os quais 30% das exportações portuguesas são compradas por Espanha e 10% das exportações espanholas são compradas por Portugal. Relativamente à banca, Rodolfo Lavrador afirma que "todos os grandes bancos (ibéricos) estão nos dois países", realçando a posição da CGD como 5º banco ibérico e único banco português na lista dos 50 bancos mais sólidos do mundo. Quanto a expectativas para o futuro, o administrador da CGD aponta que "Espanha tem 20% das agências em Portugal. Portugal deveria ter um quarto ou um quinto, esta devia ser a nossa meta".Espanha como segurança

Na segunda parte, dedicada a Grupos Ibéricos Industriais e de Distribuição, José Luís Simões, presidente do Grupo Luís Simões, abordou aspectos relativos à história da iberização e à situação actual da sua empresa. José Luís Simões afirma que ingressar em Espanha (em 1984) foi uma questão de necessidade devido à crise que se passava em Portugal. O líder da Luís Simões disse ainda que a sua empresa conta com diversos clientes multinacionais o que lhes serviu de rede de segurança com a chegada da crise, se bem que mesmo assim se sentem os constrangimentos da mesma. Fora focar os pontos fortes da sua empresa, José Luís Simões confessa que considera a sua concorrência desproporcional, pois ou compete com grandes multinacionais ou com empresas "demasiado pequenas".Carlos Gomes da Silva, administrador executivo da Galp Energia apresentou a evolução internacional da Galp, desde os primeiros passos da sua iberização em 1979. Segundo o seu estudo a Galp é a única empresa portuguesa é ter vendas iguais em Portugal e Espanha. Mencionou também a recente aquisição das estações de serviço da Esso e da Agip que elevou o número de estações da Galp na península ibérica para cerca de 1.500, assim como as mais de 6.000 empresas clientes e o número de postos de vendas de GPL, superior a 20.000. Carlos da Silva realçou a forte aposta na venda de gás natural em Espanha, admitindo ainda assim que os resultados de 2008 ainda estavam aquém das expectativas. A Galp possui 2 das onze refinarias ibéricas e está perto de se tornar o operador ibérico com maior base de recursos petrolíferos.O último orador na secção de grupos industriais e de distribuição foi Jorge Cruz Morais, administrador executivo da EDP. A energética começou a sua internacionalização em 1996 mas no Brasil, tendo a iberização ocorrido numa segunda fase. A EDP constitui hoje o 3º maior grupo energético ibérico com 78% do seu EBITDA de 2009 referente a Portugal (52%) e Espanha (26%).Intercâmbio comercial ibérico
Enrique Santos, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso Espanhola, adicionou mais dados sobre o intercâmbio comercial ibérico. Das cerca de 1250 empresas espanholas em Portugal os maiores sectores são, em força de trabalho, a segurança e limpeza, banca, bebidas e alimentação e os têxteis e confecção; e em facturação os combustíveis e a banca. Segundo um estudo as marcas espanholas mais reconhecidas são o El Corte Inglês, BBVA, Santander, Zara, Repsol e Cepsa.
O Fórum Negócios Ibéricos realizou-se quinta-feira no Sheraton Hotal & Spa Lisboa, por iniciativa do Diário Económico, no qual diversos oradores discutiram o espaço comercial ibérico assim como a penetração das suas respectivas empresas neste mesmo espaço. A primeira metade do fórum foi dedicado à banca e a segunda aos grupos ibéricos industriais e de distribuição.
O consenso é de que o mercado ibérico é o espaço natural das empresas portuguesas e espanholas.
Fonte: Expresso 30-out-09
http://aeiou.expresso.pt/o-espaco-comercial-iberico-e-uma-realidade=f544741
Ver também artigo de Mariana Abrantes de Sousa,  "De Nuestros Proveedores a Nuestros Clientes"

2 comentários:

  1. España ha triturado dos de cada tres puestos de trabajo caídos en la UE

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  2. Costará ver un año tan fatídico como 2009 para el mercado laboral. Un rápido repaso de los datos globales asusta. Justifica que para los españoles el paro se haya convertido en su principal preocupación encuesta tras encuesta. La tasa de desempleo ha subido al 18,8%. Hay 4,3 millones de parados.
    ...De hecho, el año pasado se contaron 1,1 millones de desempleados más, en cambio se destruyeron 1,2 millones de puestos de trabajo. La diferencia hay que buscarla en la caída de la población activa, según la encuesta de población activa.
    ...Esto supone situar la amenaza de los cinco millones de parados a la vuelta de la esquina. Pero, al final, parece que se va a quedar en eso: en un espectro amenazante que no tomará forma corporal.
    ...
    "En el peor de los casos nos iremos a una tasa de paro del 20%", vaticina. Este cálculo, sobre una población activa de unos 23 millones de personas, sitúa el número de desempleados en 4,6 millones.
    ...
    No obstante, ni la ligera mejora de las previsiones esconde que España ha vuelto a destacar en el seno de los países desarrollados por su sempiterna y estructural alta tasa de paro. En el tercer trimestre, la tasa española de desempleo duplicaba la europea y la de la mayoría de las grandes economías mundiales.
    ... esta vieja persistencia, incluso en épocas de crecimiento, se debe a la existencia de más de 850.000 trabajadores en el sector agrario o un millón que trabajan estacionalmente en la hostelería. y también ... a los fijos discontinuos, que cuando dejan de trabajar engrosan las estadísticas del paro, y al poco peso de las ayudas sociales en España.
    ...La comparación es todavía más dramática cuando se observan los puntos de partida previos a la crisis. En junio de 2007, España había alcanzado unos porcentajes de paro casi homologables al del resto de países desarrollados: un 8,3 de media anual frente al 5,7 de la OCDE.
    ...la construcción: "En Alemania este sector emplea una media histórica del 6%; aquí, el 9%, y llegó a casi el 14% en 2007".
    Incluso el más optimista de los analistas, Oliver, vaticina un "horizonte complejo" en los próximos años: "Hasta 2016 o 2017 no se va a recuperar el nivel de empleo de 2007". "Casi el 65% de los desempleados tienen un bajo nivel de formación, y eso va a costar reabsorberlo. Pueden convertirse en parados estructurales", concluye.

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