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quinta-feira, agosto 05, 2010

Ventos demográficos viram contra o mercado imobiliário


Em Portugal, mais do que em outros países, os ventos demográficos empurraram o mercado imobiliário nos últimos 20 anos, à medida que as famílias se desdobraram e compraram casas cada vez mais amplas.

Mas os ventos demográficos vão soprar ao contrário nas próximas décadas, com a baixa natalidade e famílias mais pequenas.  Chegando à idade da reforma, as famílias vendem as casas maiores, para comprar casas mais pequenas.

Segundo um estudo de um analista o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS  working paper no.318 de E.Takáts) publicado agora em Agosto-2010,  Portugal é o país onde as tendências demográficas mais vão prejudicar mais os preços do imobiliário nos próximos 40 anos. 

Este efeito pode ainda vir a ser agravado por outras duas forças adicionais: a austeridade orçamental e a deslavancagem.  Se as pensões e os benefícios de saúde dos pensionistas tiverem que ser reduzidos por motivos orçamentais, os cidadãos da terceira idade poderão ter que liquidar activos fixos para fazer frente às suas necessidades financeiras. 
Algumas famílias que recorreram a crédito à habitação poderão ver-se obrigadas a vender a casa para saldar a dívida, especialmente quando as taxas de juro voltarem a subir. Assim, esta oferta  poderá prejudicar ainda mais os preços, sobretudo das casas maiores. 

Demografia é destino, e as tendências demográficas podem abalroar qualquer sector.

No entanto, se esta análise estiver correcta, o imobiliário em países do Club Med pode tornar-se cada vez mais atractivo para os pensionistas norte-europeus.

E é melhor que não esperem por “correcções de preços” de -50%. 

Chegando à idade da reforma, eles podem vender as suas casas nos países mais frios e comprar em sítios com clima mais ameno, até podem poupar nos custos energéticos. Casas mais baratas com melhor qualidade de vida!

Mas os pensionistas expatriados devem que trazer não só as pensões mas também os benefícios e saúde, para não virem sobrecarregar os contribuintes dos países do Club Med.

Fonte: http://ftalphaville.ft.com/blog/2010/08/05/306976/geriatric-asset-prices/#comments

1 comentário:

  1. Yes, DEMOGRAPHY is DESTINY, even at the risk of some Malthusian exaggeration. The baby boom generation has transformed every industry in its wake, from baby food in the 1950s, to universities in the 1970s, to hospitals and insurance nowadays. However, is demography is more than natality and mortality, it is also migration.

    If this analysis is right, properties in Club Med countries will become more and more attractive to buy, but I wouldn’t wait around for “price corrections” of -50%.

    Northern pensioners can easily sell their cold houses up north and buy in more pleasant climates. They can even afford extra rooms for the grand-children to come visit. As they “trade down in price", they can “trade up in quality of life” and save loads of money in energy bills and carbon emissions, etc.

    But the European "snow-bird pensioners" must bring their portable pension and portable pensioner health benefits with them, as the do in the US. Otherwise these expatriates will wear out their welcome from local Club Med taxpayers.

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