Tradutor

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Krugman: Eurozone problems of its own making

Video:  Krugman critica políticos da Alemanha pela sua visão moralista da economia - Economia - Notícias - RTP

Nobel laureate Paul Krugman  now has three more titles to his name after receiving doctorates honoris causa from three Portuguese universities, the University of Lisbon, the Technical University of Lisbon and the New University of Lisbon on 27-February-2012.
Paul Krugman is aprofessor of economics at the  Woodrow Wilson School of Public and International Affairs of Princeton University and a regular columnist in The New York Times.
Paul Krugman visited Portugal for the first time as a young PhD-candidate deep in the crisis of 1976, a few years before he published his innovative work. 

Krugman received the Nobel prize in 2008 for his work on Economic Geograhy published in 1979 and now known as "new trade theory", which revolutionized analysis with its focus on the gains from economies of scale. Economic geography suggests that a region may benefit comulatively from concentration of economic activity. 
Professor Krugman delighted the capacity crowd in theAula Magna in Lisbon with a  long and interesting discourse on the merits of the  Keynesian economics from costal  "salt water" universities such as Princeton, versus economic orthodoxy from inland "fresh water" universities such as Chicago,  and the risks of ignoring the lessons of the economic history of the 1930's.
Even more relevant for small deficit economies like Portugal, he recalled the  economic history of the  dreadful consequences of e partial return to the gold standard in the 1920's.   The current  crisis  in the Eurozone is mostly of its own making, and Germany's  austerity orthodoxy is the wrong solution to the wrong problem, ostensibly the fiscal deficits.

Krugman's lively speech focused mostly on the fiscal stimulus issue, though  his innovative work on the core-periphery structural concepts of the New Economic Geography would probably have been much more interesting and useful the the Lisbon audience.

The true problem, as he detailed in a recent article is the diverging external accounts among the Eurozone trading partners and the implied the dangerous consequences of the inequitable sharing of the gains from trade.  Although he talked about the dangers of the credit bubble, he did not yet identify the driver that fed the  persistent balance of payments divergence,  the excessive growth of cross-border lending as the Frankfurt banks struggled to recycle the German trade surplus 
This wrong diagnosis pervailing in Europe will mean more painful and essentically ineffective remedies as the crisis worsens.  Instead,  Krugman asks for Germany to stimulate domestic demand.
That, and a pony.

Mariana Abrantes de Sousa
WWSPIA, Princeton University *1975 

See: NY Times blog  http://krugman.blogs.nytimes.com/2012/02/25/european-crisis-realities/;
What ails Europe http://economistsview.typepad.com/economistsview/2012/02/paul-krugman-what-ails-europe.html
Pain without gain http://economistsview.typepad.com/economistsview/2012/02/paul-krugman-pain-without-gain.html
Nobel prize doumentary http://www.nobelprize.org/mediaplayer/index.php?id=1117
Krugman on the New Economic Geography, circa 2010 http://www.princeton.edu/~pkrugman/aag.pdf
See also Testing the limits of divergence in the Eurozone in PPP Lusofonia 
Sources: http://economico.sapo.pt/noticias/krugman-insiste-portugal-tem-de-baixar-os-salarios_139130.html;
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=42607
 http://economia.publico.pt/Noticia/krugman-probabilidade-de-portugal-ficar-no-euro-e-de-75-1535536

8 comentários:

  1. I guess that Krugman still believes in Santa Claus

    ResponderEliminar
  2. Some pending questions:
    Are small, fragile open economies such as Portugal doomed to lose when integrated into a customs union like the EU with much larger trading partners with increasing economies of scale?

    In an aside, he said that Peter Kenan was right when he said that it was necessary to have a fiscal union.

    If the small countries are forced to leave the Single Currency, should they also leave the Single Market?

    Should we follow the example of Norway, in order to recover our agriculture and cease being one of the largest per capita food importers in Europe?

    Should th small net borrowing countries join together to regain bargaining power versus the big creditor countries?

    Can debt relief in the form of debt forgiveness (the so-called PSI haircuts) help compensate for the excessive austerity?
    ...

    ResponderEliminar
  3. Iceland's external adjustment program is a much more orthodox debt workout than those of the Eurozone debtor countries:
    - sharp devaluation
    - capital controls
    - sharing of sacrifice with creditors
    - improving trade balance

    The real unorthodoxy, whose feasibility remains to be proven, is seen in Athens and Lisbon, not in Reykjavik:
    - No devaluation, with tradeable goods failing to reflect the correct prices signals
    - No capital controls with banks becoming revolving doors for funding
    - None or very little sharing of sacrifice with only a very narrow group of creditors
    - Little improvement in the trade balance

    The question is, can midget net importers do ALL the work of balance of payments adjusment with their policy hands tied behind their back, without the help of net exporters?
    See the blog PPP Lusofonia

    ResponderEliminar
  4. Bem, eu sou um simples cidadão sem formação em economia, e peço desculpa pelo simplismo do comentário que segue.
    Pessoalmente, tenho a impressão de que um debate sério sobre prioridades estratégicas nacionais existiu um pouquinho, na esfera política, até ao início dos anos 80, sendo que as vozes mais cépticas quanto às consequências da integração europeia, talvez por serem da área do MDP (ou do eanismo), foram então ignoradas, a favor do incurável optimismo soarista. Depois, talvez a SEDES tenha albergado algum pensamento estratégico, mas sem consequências políticas. Agricultura? Deviam-se tirar lições do passado.
    Por incrível que pareça, em meados do século XX, ainda estávamos a viver as consequências da generalização da tracção animal. A mecanização só começou a generalizar-se nos anos sessenta/setenta. Estávamos tecnologicamente atrasados pelo menos meio-século. Na versão voluntarista, a nossa agricultura sucumbiu a dez anos de ministros do PSD, e o PS, apesar das boas intenções de Capoulas Santos, foi incapaz de lhe dar melhor rumo. Na versão fatalista, a agricultura sucumbiu porque tinha que sucumbir. Ora, a agricultura teria sempre de se transformar, e houve progresso em várias frentes.
    O problema foi sempre de falta de pensamento estratégico, não estritamente económico, mas integrando os dados da geografia humana, da agronomia e do planeamento territorial; houve, consequentemente, falta de visão política, transversal aos vários partidos do arco parlamentar.
    Não se deveria pensar primeiro o que é que um país geograficamente periférico e relativamente acidentado, com solos geralmente pobres e uma população pouco qualificada, pode aspirar a fazer com qualidade, sustentabilidade e competitividade nos âmbitos nacional e internacional?
    Será que ainda vamos a tempo de fazer politicamente este debate?
    M. P. Ferreira

    ResponderEliminar
  5. MP Ferreira,
    Tem toda a razão.
    Krugman passou quase todo o tempo a falar do Keynes e de questões conjunturais de mais ou menos estimulo orçamental, quando precisavamos de o ouvir sobre as questões estruturais da Geografia Económica de Krugman na óptica de uma pequena economia periférica e frágil.
    Quando Portugal e a Irlanda aplicaram subsídios para viaturas em fim de vida, isso só facilitou a importação de automóveis.

    Que diria o Nobeelista Krugman em 2012 sobre o caso dos países periféricos:
    Portugal e os outros pequenos países periféricos estão condenados a perder para os países mais centrais mais fortes?

    Quanto à agricultura, Portugal é um grande importador agro-alimentar, que aumentaram 1,4% para €8 697 milhões em 2011. Será que teremos que passar fome para reduzir as importações de alimentos, incluindo três quartos do peixe que comemos?

    ResponderEliminar
  6. Gostei muito de ouvir o Paul Krugman ontem e de o conhecer e à sua mulher Robin Wells. Obrigada pelo convite.
    Fiquei com a pergunta: as pequenas economias frágeis e abertas como Portugal estão condenadas a perder quando integradas numa união alfandegária como a EU?
    Num aparte, ele que o Peter Kenan tinha razão quando dizia que era necessário uma união fiscal.
    Devemos sair não apenas da Moeda Única mas também do Mercado Único?
    Devíamos seguir o exemplo da Noruega para voltar a ter agricultura própria e deixar de ser um dos maiores importadores per capita de alimentos da Europa?
    Mariana Abrantes

    ResponderEliminar
  7. Opinião
    Krugman em Lisboa
    Por Vasco Pulido Valente
    O Prof. Paul Krugman veio a Portugal receber um doutoramento honoris causa"conjunto" da Universidade de Lisboa, da Universidade Nova e da Universidade Técnica. Esta acumulação de honras (para quem sinceramente as tome por isso) é sem dúvida invulgar, mas não é inesperada. Krugman tem sido um crítico persistente da política económica do Governo (e por extensão da sra. Merkel) e acabou por se tornar o adorado da nossa esquerda doméstica, dos "teóricos" do PS e do Bloco ao dr. Mário Soares, que nunca perde uma oportunidade de o citar, como se ele fosse a mãe de toda a sabedoria. Para quem quiser saber o que a oposição pensa, basta investigar no New York Times (uma fonte barata) o que Sr. Krugman pensa e, depois, traduzir para português.

    Desgraçadamente, começa a haver sinais de que o doutoramento conjunto veio um bocadinho tarde e que já nem a nossa esquerda acredita no seu novo médico ou nas suas perfeitíssimas receitas. Num jantar recente, com mais de uma centena de próceres do progresso, reparei que se começava a falar (embora com algum incómodo) da "refundação" do regime ou até da "refundação" da democracia, sem que nenhum "notável" se mostrasse mesmo vagamente surpreendido. Não custa explicar esta aberração. Se, por acaso, o Governo se obstinar em reduzir a despesa (para Krugman, o PS e o próprio Cavaco, um caminho suicida) e a Sra. Merkel por milagre não se converter a um expansionismo, que a Alemanha rejeita e a prejudica pessoalmente a ela, onde se irá buscar o dinheiro indispensável ao indígena?

    No meio deste impossível dilema, uma realidade, pouco agradável, vai pouco a pouco aparecendo, ainda hesitantemente, sob forma de pergunta: "E se não existissem os meios para o Estado social (e ramificações), que o país tirou da sua miséria com os salvíficos "fundos" da "Europa" e com uma dívida externa que não consegue, ou conseguirá, suportar?" Ou pior do que isso: "E se os 30 anos desta próspera e feliz democracia não passassem, no fundo, de um enorme exercício de irresponsabilidade, em que se enganaram os nativos, mas não se enganou mais ninguém no mundo?" O sr. Krugman volta para Nova Iorque e não leva os nossos problemas (nem mesmo se ofereceu para pôr na ordem a sra. Merkel). Nós ficamos, tristonhos, por aqui: "E se for preciso "refundar" o regime, como se faz?"

    ResponderEliminar