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terça-feira, setembro 16, 2014

PALOPs no Congresso Mundial da Água, Lisboa, 23-Setembro

LUSOFONIA

Congresso Mundial da Água terá fórum dedicado aos PALOP

O tema dos serviços de água e saneamento nos países africanos de língua portuguesa será debatido em Lisboa a 23 de setembro, no âmbito da realização em Portugal do Congresso Mundial da Água.
Lisboa - O Congresso Mundial da Água (IWA 2014) realiza-se este ano em Lisboa, juntando milhares de profissionais do sector na capital portuguesa, com uma programação que incluirá um fórum dedicado especificamente ao tema da água e saneamento nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Esta iniciativa terá lugar no próximo dia 23 de setembro, terça-feira, entre as 12h e as 13h30, na sala Business Forum n.º1  do Centro de Congressos de Lisboa, no quadro do Congresso Mundial da Água.
O encontro contará com representantes da Empresa Pública de Águas de Luanda, da Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento de Moçambique, da Agência Nacional de Água e Saneamento de Cabo Verde, entre outros palestrantes.
O fórum sobre os PALOP decorrerá numa sala limitada a 50 pessoas, pelo que os interessados deverão inscrever-se até ao dia 17 de setembro junto do secretariado da organização
O acesso à exposição do Congresso e participação nos fóruns de negócio é livre, sendo que a organização apenas solicita registo prévio dos visitantes.

domingo, setembro 14, 2014

Como se diz governance

Governance parece uma palavra nova e elegante, seja em inglês ou seja traduzida como governança ou governancia.

Mas o conceito de "boa governação" é bem mais antigo.

Na minha aldeia havia pouca gente muito rica ou muito pobre.
Havia, sim, gente remediada e bem governada, e havia gente mal governada.

Portugal é um país muito mal governado.
Para os "mal governados" não há recursos ou apoios que aguentem, estoiram tudo.

Por isso precisamos de uma vacina e tolerância zero contra os abusos e imprudências.
E temos de  adoptar princípios e praticas de "bom governo" a todos os níveis.

Desde logo, podemos recordar os provérbios financeiros, os ditados populares que sintetizam as boas praticas de séculos.

- Quem compra o que não pode vende o que não quer
- A quem for mau dispenseiro, não entregues o teu dinheiro

Ver mais em http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/06/tudo-sobre-economia-e-financas-nos.html

Mariana ABRANTES de Sousa
PPP Lusofonia 

domingo, setembro 07, 2014

Papas na língua e outras falhas de governação

A  queda do Banco Espirito Santo é o mais recente, e esperemos o derradeiro, buraco que apareceu na crise financeira portuguesa que sofremos desde 2008.  Ao fim de 6 anos, finalmente nos questionamos quem são os responsáveis, quem poderia ter evitado este desastre e como.
Estas análises forenses ou de “post-mortem” são muito importantes, ainda que as respostas mais imediatas, começando todos por apontar o dedo uns aos outros, dificilmente serão as mais certeiras.
Algumas coisas deveriam ficar claras desde logo:
- Os sistemas de boa governação funcionam em cadeia e a vários níveis, com normas e procedimentos, check lists, pesos e contrapesos e redundâncias ou back-ups. O desastre financeiro da dimensão desta (primeira?) bancarrota de Portugal do século XXI não ocorreu devido à falha de um ou outro único interveniente. Houve falhas em catadupa, dentro e fora de Portugal, dentro e fora do Estado.

- Para os incompetentes e irresponsáveis, a culpa é sempre dos outros, apressando-se eles a “sacudir a água do capote”.
- Criticar faz parte das boas praticas de gestão de risco, especialmente quando é feito de uma forma equilibrada e transparente.  Ninguém gosta de um bufo, um “whistle blower” ou  um delator, mas é preciso ter sentido crítico e coragem para denunciar praticas abusivas ou simplesmente arriscadas.

Sabemos que num Portugal ainda salazarento, premeia-se quem sabe manter a “bola baixa”, quem “entra mudo e sai calado”, quem “tem papas na língua”. Quando predomina o conformismo social, temos os “bland leading the blind”, a liderança dos brandos, que não ouvem, que não vêm, que não dizem nada.   Quando predomina o conformismo autoritário, temos o problema de “power distance” excessiva, em que o chefe tem sempre razão, mesmo quando o “rei vai nu”.
Convém recordar que quando a segunda pessoa a assinar um documento simplesmente “assina de cruz", está a criar a ilusão de escrutínio, dando falso conforto aos demais, o que representa um valor acrescentado negativo inaceitável.
Assim, que venha o escrutínio, que venham as comissões de inquérito.

E que não se limitem a crucificar esta ou aquela pessoa.  Com um “estampanço” desta magnitude, com custos sociais e colectivos elevadíssimos, não será suficiente “retirar os malandros”.
A boa governação, que tanto nos falta em Portugal, faz-se com base em Princípios, Praticas, Procedimentos, Participação, Prudência, Ponderação, e não apenas com Pessoas.
Impões-se um reflexão a todos os níveis. Não podemos deixar que os nossos bons “brandos costumes” nos condenem a pagar facturas colectivas cada vez mais elevadas por erros individuais e colectivos evitáveis. Por isso, não devemos desperdiçar a oportunidade que nos oferece esta crise  para criar e consolidar as bases de boa governação, para um desenvolvimento económico e social sustentado, isto é para que esta seja a última bancarrota de Portugal.

Mariana ABRANTES de Sousa 
PPP Lusofonia
Sabedoria popular nos provérbios financeiros http://ppplusofonia.blogspot.pt/2010/06/tudo-sobre-economia-e-financas-nos.html 
Entrar mudo e sair calado http://www.tvi24.iol.pt/economia/negocios/bes-em-seis-anos-entrei-mudo-e-sai-calado 

sexta-feira, setembro 05, 2014

BIS focus on risks in hidden Gross External Debt

 (in English below
Um estudo de analistas to BIS - Banco de Pagamentos Internacionais conclui que os riscos de colapso financeiro escondem-se na acumulação de GED Divida Externa Bruta, mais do que no aumento da NED- Divida Externa Liquida  gerada pela acumulação de défices de CAB/BTC- Balança de transacções Correntes. 

No caso de Portugal, tivemos as duas coisas, mas mais o problema dos défices correntes, devido ao colapso da poupança nacional. 

Nos Estados Unidos "Os bancos europeus passaram a  intermediar o financiamento local em  US dólares",  capturando recursos de fundos de tesouraria americanos, aversos ao riscos e aplicando   em ABS de empréstimos subprime securitizados americanos, o que  sugere alguma  "arbitragem regulatória". 

Este "Offshoring"  da função de intermediação de risco de crédito nunca é uma boa ideia, já que as"comissões de crédito no exterior" não têm o conhecimento local dos mutuário. e podem acabar fazendo "credito por assinatura" da pior espécie. 
Os analistas do BIS  poderiam  também considerar as consequências não intencionais das normas de BASILEIA, que favoreciam as exposições  inter-bancários e soberanas dentro da OCDE, à custa de empréstimos para a economia real local,  aqueles  mutuários comerciais mal-amados, criando a "ilusão de excesso de capital". 
Se   BASILEIA  pudesse  voltar a ser apenas uma cidade na Suíça! 
Com base no princípio do "país de origem", quem estava a regular esta intermediação financeira? Quais foram os bancos centrais e reguladores  (im)prudentes   que   permitiram  alavancagens bancárias  de 30 e 40 vezes em termos absolutos, mesmo   cumprindo  todos os requisitos de solvência?
Mariana ABRANTES de Sousa 
PPP Lusofonia 
Fontes:  
Historical gross capital flows http://www.bis.org/publ/work457.pdf

"European banks intermediating US dollar funding", sourcing from (risk averse) US money market funds and investing in US ABS securitized subprime loans hints at "regulatory arbitrage".
Offshoring the credit risk intermediation function is never a good idea, since "offshore credit committees" lack local knowledge  of the borrowers. and  can end up doing "name lending" of the worst kind. 
BIS analysts might  also consider the unintended consequences of BASEL regulations favouring interbank and sovereign  exposures within the OECD at the expense of lending to the local real economy, those pesky commercial borrowers, and creating the "illusion  of excess capital". 
If only BASEL could go back to being just a city in Switzerland !  

Under "home country rule", who was regulating what financial intermediation?   What  were the (im)prudent central bank regulators doing allowing  absolute bank leverage to climb to 30 and 40  times, even while meeting all the  solvency requirements?